quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Time do Grêmio tem problemas de preparo físico ...

Uma teoria muito interessante foi levantada por minwer.daqawiya, em http://colunas.globoesporte.com/minwer/
Vejam a cópia do texto que ele escreveu: 

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Vocês já repararam que nesse ano todo jogador do Grêmio que se lesiona e demora um pouco mais pra voltar, retorna melhor condicionado fisicamente? E lembram que o Mário Fernandes terminou seus primeiros jogos extenuado, sofrendo terrivelmente de cãibras? Isso não pode ser coincidência.
Como alguns já comentaram no tópico anterior, o preparo físico (ou a falta dele) é um dos principais culpados pelo desempenho do Grêmio nesse Brasileirão. O pior é que nem dá pra culpar o Gilvan Santos, que veio junto com o Autuori, porque ele não teve tempo de fazer uma pré-temporada decente já que pegou o time no meio de 2 competições.
Então de quem é a culpa?
Até parece piada ou pegação de pé, mas o atual momento do Grêmio se deve em parte ao Celso Roth. Repito: EM PARTE.
Pra buscar a resposta, o negócio é voltar pra abril de 2008. O Grêmio, eliminado do Gauchão e da Copa do Brasil na mesma semana, tem um mês sem jogo nenhum na agenda. Flávio de Oliveira , então preparador físico tricolor, aproveita esse tempo pra fazer um trabalho que seria o grande responsável pelo desempenho avassalador do Grêmio no início do BR’08. A história todos vocês já sabem, o time engrena logo, atropela quase todo mundo mas perde o título na reta final, quando os outros times conseguem chegar no mesmo nível físico do Grêmio.
No final do ano, Mano Menezes acerta uma renovação de contrato com o Corinthians com um belo reajuste, mas outro Flávio (o Trevisan, que tinha saido junto com ele do Grêmio) não tem o mesmo reconhecimento e deixa o clube paulista. Flávio de Oliveira é contratado para trabalhar com o Mano e sai do Grêmio. Quem o Krieger e o Roth colocaram no lugar do Oliveira? Beto Ferreira, auxiliar do Celso em 2008 e que não era preparador físico de um clube havia 6 anos, o que certamente o deixa defasado com relação aos profissionais no mercado.
Inicialmente a preparação física não sofre muitas contestações, graças às vitórias obtidas inclusive na altitude contra o valoroso Aurora. Porém depois do 3º fracasso em Grenal no ano o Celso caiu e o Beto Ferreira foi junto.
Até a chegada do novo comandante e sua comissão técnica passaram-se mais de 40 dias, uma eternidade em se tratando de esporte de alto rendimento.
Não quero desmerecer o trabalho do Luciano Ilha, aulixiar de preparação física que assumiu o rojão até a chegada do Gilvan Santos, mas um time que quer ser campeão não pode ficar tanto tempo à deriva.
Pra ter uma ideia do estrago que isso causou, se tivéssemos um preparo físico decente teríamos mais 7 pontos, contando só pontos perdidos nos últimos 15 minutos dos jogos. Abaixo segue um resumo dos gols que o Grêmio fez e tomou até agora e 2 tabelas que ajudam a visualizar o estrago sofrido até agora.

Lógico que só esses números não explicam tudo, afinal o Grêmio leva um monte de gol no segundo tempo só fora de casa. Aí entram outros fatores como clima, o sumiço em campo de alguns jogadores e substituições equivocadas do Autuori entre outras coisas.
Mas dá pra afirmar com toda certeza que hoje pagamos por erros cometidos pela diretoria no fim do ano passado e no início desse. E o pior é que vamos continuar pagando até a próxima pré-temporada.

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Os argumentos de Minwer são realmente interessantes e convicentes. E isso só demonstra o despreparo da nossa atual direção, que não soube observar dados técnicos (do preparo físico) e na hora da escolha do preparador físico.
Acredito que no futebol atual um bom preparador físico é mais importante que um grande técnico. Muitos jogos são ganhos na vontade (a prova está nas vitórias do Grêmio "empurrado" pela torcida) e muito menos na técnica ou estratégia.
Com a limitação dos jogadores brasileiros atual, o famoso nivelamento por baixo, muitos jogos vão ser ganhos na força e na raça (como todo gremista gosta), algo que nossos jogadores não conseguem fazer fora de casa.
André Krieger deixou uma "herança" ingrata, e não vejo na atual direção ninguém com competência para mudar este rumo... lastimável :(


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