Se a saída de William Magrão para o Corinthians não é uma temeridade do ponto de vista de formação de grupo, o mesmo não se pode dizer quanto ao valor financeiro.
A titularidade de Adílson e Rochemback (este último em estupenda forma) e a possibilidade de ter no grupo o recém chegado da conquista do Sul-Americano Sub-20, Fernando e o promissor Mateus Magro indicam que a saída de William Magrão não tenha consequências maiores dentro de campo.
Porém ceder um promissor jogador, inclusive já cotado para seleção no início de carreira, recebendo míseros 3 milhões de reais e ainda reforçando um concorrente no brasileirão, não me agrada em nada. Com uma sequência de 3 meses no time titular do Grêmio, esse valor conseguiria, no mínimo, se dobrado em uma negociação para o exterior. Vejam o caso do próprio Corinthians que conseguiu rapidamente repassar Jucilei para o mercado europeu em menos de um ano.
Entendo que a crise financeira seja um fator preponderante, mas não posso acreditar que um endividado Corinthians seja capaz de subtrair jogadores do Grêmio tão facilmente.
Será um negócio lembrado entre os grandes fracassos do Grêmio quando o mesmo jogador deixar o Corinthians rumo a Europa por uma pequena fortuna. Um verdadeiro tiro no pé, se confirmado.