quinta-feira, 22 de julho de 2010

Tempestade Tricolor

Reprodução Clicrbs. Foto: Ronaldo Bernardi
Mais do que o temporal que devastou casas na Serra Gaúcha e atrapalhou o desempenho no jogo contra o Vasco, o Grêmio se encontra em meio a um infernal ciclone nos últimos dias.

A crise é geral e afeta absolutamente todos os setores. Nem mesmo o símbolo maior do clube, nossa bandeira, que demarca o local da futura Arena escapou impune...

O time não se encontra em campo, mesmo com jogadores ganhando salários absurdos que levam a um valor de folha superior aos 3,5 milhões. 
O treinador Silas que não consegue impor um estilo de jogo ao grupo, mesmo contando com jogadores de expressão nacional em diversas posições. 
Um Diretor de Futebol que faz contratações caríssimas de jogadores que não vinha acompanhando recentemente e perde contratações de jogadores identificados com o clube para clubes de menor expresão.
Um presidente sem pulso que somente assisti a tudo, sem voz ativa, deixando o clube completamente sem comando.
O time pela segunda rodada seguida permanecendo na zona de rebaixamento.
Grupos políticos armando conchavos para que uma "suposta" reeleição de Duda Kroeff seja imposta já pelo conselho, sem dar a chance de Paulo Odone brigar pelos votos dos associados. O mesmo Paulo Odone, último dirigente de sucesso do clube, podendo ter apenas o apoio de um único grupo na eleição deste ano, e garantindo que nada de novo ou de mudança ocorra no clube.
Por fim, o que para mim é o mais grave, a briga entre as torcidas organizadas. A torcida do Grêmio foi a pilastra para o reerguimento do clube. Garantiu a volta da série B, com apoio constante e incondicional, sempre presente em grande número, cantando e vibrando. A briga entre a Geral e a Velha Guarda, deflagrada pela internet é um risco de uma divisão profunda, e com consequências intranspuníveis. Não acho que seja hora de descobrir culpados ou provocadores, e sim hora de minimizar-se os ânimos, pois só uma torcida unida pode ajudar o clube nessa hora...

Quanto ao Silas, sempre fui contrário ao seu nome, mesmo quando não passava de uma especulação. Achava e agora tenho mais certeza, que seu perfil não se enquadra na exigência do Grêmio. Mas também acho que o jogo de ontem não vale como parâmetro. Ontem não teve futebol, foi outro esporte. Se queriam dar mais uma chance, que esperem outra oportunidade. O problema é que o GRE-nal se aproxima. É difícil imaginar que ele resista a uma derrota contra o Cruzeiro, mas vale lembrar que do outro lado desta vez vai estar o Roth, que mesmo indo bem, não sabe ganhar GRE-nal...

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