Foi um sábado de alívio. Um dia para exorcizar alguns tabus, como o período de um ano sem vitória fora de casa no Brasileirão, que seria completado nessa segunda. Foi um dia para deixar o pesadelo do rebaixamento um pouco menos atormentante.
O Grêmio começa a ter um padrão, e a algazarra de Silas parece ter se mudado de vez para o Flamengo, onde o mesmo já está envolvido em confusões - substituição de Petckovic e a escalação de atletas fora de forma - e já começa a ser questionado pela torcida e pela imprensa carioca.
Renato apagou o incêndio que havia no vestiário, mas isso não nos livra da necessidade de mudanças extremas no grupo ao final do ano. Os jogadores estão felizes e dispostos, mas não sei se podemos confiar no caráter de muitos deles.
Não podemos ser hipócritas de exigir um futebol de alta qualidade técnica, pois essa nunca foi a característica do Grêmio. Mas luta pelo resultado, essa sim, é uma obrigação. Ontem o time teve a garra de vencer com dois jogadores a menos - isso mesmo: 2 JOGADORES A MENOS - pois se formos avaliar o juiz estava jogando por eles. São nessas horas contra tudo e contra todos que surge a IMORTALIDADE, que estava desligada por terem escolhido um técnico que não tinha a dimensão que o nosso clube exigia.
Se Renato não é o melhor técnico do Brasil, não tem problema. Ele é gremista e entende os nossos sentimentos e nossas necessidades. Discordei e discordo de alguma de suas posturas, mas ele pode sim ser muito bem sucedido no tricolor.
Fora do campo, o sábado mostrou a incompetência generalizada do grupo que dirige o clube. Negaram a diminuição da cláusula de barreira (30%) e acabaram fora do conselho. A burrice foi tão grande que devolveram de mão beijada a presidência para Paulo Odone, que era a favor da diminuição para (20%), o que garantiria algumas, das 150 cadeiras, para a situação. Acreditaram que uma candidatura "ficcional" de Fábio Koff, como única medida, limparia os erros da gestão. Vivem em outro planeta, contratam jogadores que não sabem como estão física e tecnicamente, enfim, estão viajando na maionese. Não farão falta.
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